quinta-feira, 28 de agosto de 2008
DO DIÁRIO DE SEM DIAS
esse curta a gente fez como exercício para o longa "dias em branco" que fizemos logo depois desse aí.
a idéia era fazer tudo com a câmera na mão só que com movimentos autônamos. é claro que fica meio tosco, mas a gente queria isso mesmo. na época estávamos vendo sgenzerla na belair.
uma outra referência é o joão césar monteiro, desde que o conhecemos percebemos que o humor podia ser muito bem vindo no que a gente tava fazendo. o joão césar é sem dúvida uma das nossas maiores referências.
um curta despretensioso, mas com algumas investigações formais interessantes. eu gosto do uso das fotografias fixas, gosto também da intervenção no diafragma e da maneira como o som repentinamente sai de cena. outra coisa que eu gosto é a importância que a gente dá pra uma frigideira com óleo. o uso da música. a gente sempre tentou criar uma estrutura para logo em seguida quebrar com ela, o problema é que muitas vezes essa estrutura só estava nas nossas cabeças. isso acaba dificultando o entendimento do filme por parte do espectador.
tem mais coisas, mas deixo para os comentários.
luiz
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4 comentários:
esses filmes são exercícios formais, mas que tem um tesão por cada imagem e isso é muito legal. o cinema é o mundo acreditávamos. acredito ainda. quero continuar acreditando até o dia da minha morte. esse é o meu trabalho: fazer com que o cinema não seja nunca esquecido.
ricardo
Um filme sobre a solidão de alguém que era dois e agora está um. Acho interessante como a câmera enfatiza esse vazio (resultado da distância, talvez) cada vez que "abandona" o personagem. Gosto muito da maneira como as fotografias estão presentes no filme e da carga narrativa que condensam.
Massa!
Guto
realmente tem uma sensação de perda muito grande no filme. a maneira com a que ele se contrai todo naquele banco. o plano subjetivo dele olhando pra janela (janela que aparece muito em nossos filmes). o som de repente sai. porque? quando a câmera está na cozinha e de repente anda até a janela da cozinha. de novo o som sai repentinamente. o plano final que a câmera faz um movimento que vai de um buraco na parede para o branco do teto. e ao mesmo tempo tem a música e as fotos. ele conversa no telefone. quem é esse homem? qual é a história dele?
vi uma influência do fischer na cena com o luiz lá pelos cinco minutos de filme... e de fato o filme tem um trabalho de som muito interessante...
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